Os
procuradores-gerais do Ministério Público da União e dos Estados
se reuniram nesta segunda-feira (5/12), na capital Federal, e
divulgaram a "Declaração de Brasília", na qual
manifestam preocupação quanto à urgência aprovada, pelo Senado
Federal, para a tramitação do Projeto de Lei 280/2009 e à
aprovação, pela Câmara dos Deputados, do chamado crime de abuso
por membros do Ministério Público e do Poder Judiciário, entre
outras medidas não compatíveis com a melhoria do sistema punitivo
brasileiro.
Imagem Ilustrativa |
Os
procuradores-gerais do Ministério Público da União e dos Estados
manifestam preocupação quanto à urgência aprovada, pelo Senado
Federal, para a tramitação do Projeto de Lei 280/2009 e à
aprovação, pela Câmara dos Deputados, do chamado crime de abuso
por membros do Ministério Público e do Poder Judiciário, entre
outras medidas não compatíveis com a melhoria do sistema punitivo
brasileiro.
O
entendimento dos procuradores-gerais consta da Declaração de
Brasília, assinada nesta segunda-feira, 5 de dezembro, na
Procuradoria-Geral da República (PGR), durante reunião
extraordinária convocada pelo presidente do Conselho Nacional do
Ministério Público (CNMP) e procurador-geral da República, Rodrigo
Janot.
Na
Declaração, os membros do MP reforçam a necessidade de "ser
preservada a independência de atuação do Ministério Público e do
Poder Judiciário, como elemento essencial do Estado Democrático de
Direito, de modo a assegurar as garantias fundamentais previstas na
Constituição".
Os
procuradores-gerais dizem, na Declaração, que confiam que o
Congresso Nacional encontrará, "com equilíbrio e ponderação,
alternativas que correspondam aos legítimos anseios da sociedade e
caminhem para o aperfeiçoamento do sistema jurídico de
responsabilização de agentes públicos".
Por
fim, complementam, o MP brasileiro expressa que é "favorável
ao aperfeiçoamento da Lei de Abuso de Autoridade de 1965,
colocando-se à disposição para colaborar com o Congresso Nacional,
mediante diálogo construtivo".
Todos
os procuradores-gerais do MP brasileiro concordaram com o teor da
Declaração.
Estiveram
presentes e assinaram o documento:
Rodrigo
Janot - PGR
Cleandro
Alves de Moura - MP/PI
Clenan
Renault de Melo Pereira - MP/TO
Ediene
S. Lousado - MP/BA
Elda
Márcia Moraes Spedo - MP/ES
Gianpaolo
Poggio Smanio - MP/SP
Jaime
de Cassio Miranda - MPM
Leonardo
Bessa - MPDFT
Luiz
Gonzaga Martins Coelho - MP/MA
Mario
Chermont (representando Marco Antônio Ferreira das Neves) - MP/PA
Martan
Martins Vieira - MP/RJ
Oswaldo
D'Albuquerque Lima Neto - MP/AC
Paulo
Cezar dos Passos - MP/MS
Paulo
Roberto Jorge do Prado - MP/MT
Plácido
Barroso Rios - MP/CE
Rinaldo
Reis Lima - Presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais e
PGJ do MP/RN
Ronaldo
Curado Fleury - MPT
Sandro
José Neis - MP/SC
Spiridon
Anyfantis - MP/GO
Leia abaixo a íntegra da declaração:
Fonte: Site do MPSC
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